terça-feira, 13 de setembro de 2011
Espelho
Vês-me?
Frágil.
Mas na verdade sou:
Forte
Decidida
Determinada
Não é assim que me imaginas?
O que mostro nem sempre é o que corresponde à realidade.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Conversa
domingo, 28 de novembro de 2010
Estória
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Boleia
- Então pá. Queres que te leve a algum sítio?
- Sim.
- E vais para onde, afinal?
- Não sei, dá-me boleia para qualquer lado.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Quando voltas?
Minha querida.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Fragrância
Ainda sinto o teu cheiro a entrar-me pela casa, pela primeira vez. A medo, muito a medo. Nenhum de nós sabia bem porquê a casa, porquê o cheiro. Sabíamos que estávamos bem ali, eu sabia. Sabia mesmo. Talvez na altura não soubesse tão bem como agora. Típico do ser humano. É uma característica comum da humanidade: esperar que o jogo acabe para lamentar o que podia ter sido feito de forma diferente. Lamentar depois de perder.
Ainda tenho a pele quente, do calor da mão dada.A blusa amarrotada pelo abraço arrepiante. E o cheiro. O cheiro era forte demais. Transportava-me. Sempre fui sensível às fragrâncias. Sempre fui capaz de me transportar para momentos, para lugares, apenas com um cheiro. Mas o teu, o teu era diferente. Especial. Demasiado especial para desaparecer, assim tão repentinamente.
Foi por isso que quando entrei em casa o teu cheiro ainda lá estava. Fechei as janelas. Tranquei a porta. Não queria por nada que aquela fragrância fugisse dali. Típico do ser humano. Tentar preservar uma coisa que com o tempo desaparece. A mim não me parecia difícil. Quem quer muito uma nuvem sobe ao cimo das árvores. E a mim já me disseram que era capaz de trepar árvores. Agarrei-me a esse pensamento. Com a porta trancada e as janelas fechadas. Desci as persianas. Era mais seguro. Completamente às escuras. A preservar a tua fragrância. Não sabia bem por onde andava, dentro da minha própria casa. Mas pelo menos ainda sentia o cheiro. O teu.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Jogo
sábado, 5 de junho de 2010
Casa
- O nosso tempo nesta acabou, meu querido.
- Mas eu queria ficar.
"Nós somos o sítio que nos faz falta." Ou muita falta.