sexta-feira, 7 de maio de 2010

Margem de manobra

Margem de manobra. Margem de erro. Há alturas na vida em que não dás a ti própria a oportunidade de dar uma margem. Há alturas que não suportas, não perdoas, não aguentas. Eu bem sei aquilo que sentes, por mais que tentes desviar o olhar quando falas no assunto. Eu bem sei, e a mim não precisas de mentir.
Alguns dizem que se trata de insegurança, outros de pura teimosa. Eu acho que é mágoa, eu acho que tu já viste demais, já viveste demais para deixares que aconteça contigo. Sempre foste assim. Nestes casos sempre te quiseste armar em dura, em forte, em inquebrável. Nunca percebi bem porquê, já que finges tão mal.
Queria muito dizer-te para acreditares, para ouvires, para te deixares levar. Queria muito poder-te dar certezas, verdades absolutas. Queria. Por mais que saiba que tu és capaz até de duvidar de dogmas. Queria mas não sei se consigo.
Gostava de ser capaz de te prometer que não vou dizer : eu avisei.

Sabes: Ninguém te conhece melhor do que eu. E às vezes eu acho que não te conheço.

3 comentários:

Catarina disse...

Como me ensinaste um dia, não há nada como "olhar de frente até o sol queimar"* Vale a pena* conheces sim*

(ajudar-te a tirar a mágoa, queria conseguir)

Anónimo disse...

enquanto pensarem por ti nao conseguiras.

Bézinha* disse...

Eu, felizmente, ainda penso por mim :)

beijinhos para ti amigo anónimo*