sexta-feira, 19 de março de 2010

Ainda me lembro de a ver enroscada em volta dela. De dizer com voz termida que não queria. Não queria que fosses e não voltasses mais. Bem queria eu tentar acalmá-la. Bem queria eu que alguém me acalmasse.
Ainda me lembro de passares numa maca. De te ver de olhos fundos e irreconhecível. De mudar de casa e passar a viver no hospital.
Ainda me lembro dela, completamente destroçada. A chorar de desespero, num corpo magro de dor.
Ainda me lembro. Um preságio de morte estremece. Faz repensar.

Por ser hoje

1 comentário:

Catarina disse...

Abraço apertado de quem conhece uma dor parecida*