quarta-feira, 3 de março de 2010

Essenciais

“Para onde vão os amores que foram um dia?”
Rodrigo Guedes de Carvalho, Mulher em Branco

Não sei para onde vão os amores. Nem muito menos porque é que deixam de o ser. Porque é que mudamos de vontades e horizontes? Não sei. Não sei o que vi em ti. Nem muito menos o que deixei de ver. Tu mudas-te, é certo. Acho que foi isso que ditou tudo. A tua mudança. Já sabia que não me ia adaptar a ela. Mas quem nos manda apaixonar por aquilo que se opõe à nossa maneira de ser? Quem me mandou quando sabia, à partida, que se tu mudasses…

Queria largar-te. Pensei várias vezes nisso. Espero que não te entristeça saber. Pensei muitas vezes, mas nunca tive coragem. Nem agora. Fugir de ti, deixar de te ver podia ser a solução. A sabedoria popular diz que “longe da vista é longe do coração”. Pedi, baixinho, que eles tivessem razão.

Acho que se enganaram. A distância não me impediu de pensar em ti, nem de deixar de te sentir. Foi aquilo que te forma desde que te conheci, aquelas características que desde sempre me fascinaram (e as tantas outras que decidiste mudar, e eu tanto gostava). Foram elas que me fizeram não te largar. Não te soube. Nem te sei largar. Talvez quando as perderes (àquelas características essenciais). Até lá… não sei como se larga um grande amor.

Em As diferentes formas de Amar

3 comentários:

E* disse...

Não sei como se larga. Acontece. Mas de uma coisa tenho a certeza. Um grande amor nunca se esquece*

Catarina disse...

Não se larga :')
Eu sei que serás sempre desse amor*

Gininha * disse...

Adorei o texto :D

OS grandes amores irão sempre permanecer nem que seja na caixa das melhores recordações :D