domingo, 31 de janeiro de 2010

Voltei a deitar-me como antigamente, de cabeça para cima, virada para o céu. Sempre soube aquele caminho de cor, por o percorrer tantas vezes. Na altura, fascinava-me o facto de a lua estar sempre a acompanhar-me. Desde que entrava no carro até quando saia, ela estava sempre no mesmo sítio. Eu achava que o céu da tua casa era diferente do da minha, por isso que a lua me confundia tanto. Coisas de criança.
Hoje é tudo um pouco diferente. Já não me deito de cabeça para cima, e se o quiser fazer tenho que flectir as pernas para me poder acomodar (Dizem que cresci). O carro é preto e não o azul da minha infância (O meu pai disse que já estava velho). Hoje tu já não estás à nossa espera, no fim de tarde de domingo. Nem tu nem a tua genica, que sempre achei fora do comum (e que, às vezes, penso ter herdado). Forte e com garra. Tu sim, eras um tanque de guerra.

2 comentários:

Ana Heleno disse...

hoje ia-te mandar uma mensagem a perguntar quando voltavas ao quarto de arrumos :) leste-me os pensamentos * é sempre bom ler-te.

Catarina disse...

Há saudade.